Uma palavrinha sobre ministração.


Ministrar significa servir. Em outras palavras, é aquilo que oferecemos a alguém. A ministração pode ser dividida em dois tipos: uma que é dirigida a Deus (vertical) e outra que é dirigida ao próximo (horizontal).

A ministração dirigida a Deus 
Essa ministração é direcionada exclusivamente a Deus. Seu sentido deve ser sempre na vertical (para cima). A ministração dirigida a Deus tem como alvo principal proporcionar alegria ao coração do Senhor. Ela consiste basicamente em expressar o nosso amor a Deus, reconhecer a nossa dependência dEle, reassumir o compromisso de obedecer a Sua palavra, apresentar o nosso corpo como sacrifício vivo, santo e agradável ao Senhor, e sobre tudo, oferecer-lhe aquilo que somente Ele é digno de receber: Glória, honra, louvor e adoração.

O único tipo de ministração que agrada a Deus é a aquela que oferecida com sinceridade de coração e baseada na verdade. Porém, esta ministração só será aceita se for oferecida por intermédio de Jesus Cristo (João 14:6; Hebreus 13:15).

A ministração dirigida ao Próximo
Essa ministração é direcionada exclusivamente para o próximo. Seu sentido deve ser sempre na horizontal (para os lados). A ministração dirigida ao próximo tem como alvo principal confortar, encorajar, edificar e provocar transformação na vida das pessoas. Ela consiste basicamente em ir de encontro às necessidades do próximo, em levá-los a se reconciliar com Senhor, em trazer-lhes esperança de uma nova vida em Cristo, em ensiná-los a andar com Deus, em exortá-los a ter um relacionamento mais profundo e íntimo com o Senhor, em mostrar-lhes que a nossa meta é ter um caráter moldado à semelhança de Cristo, e entre outros, produzir mudança de estilo de vida.

O tipo mais profundo de ministração é aquele que faz diferença no dia-a-dia das pessoas. Se quisermos mudar vidas, devemos preparar uma ministração para impactar as pessoas, e não apenas para informá-las. A nossa ministração deve buscar sempre ser clara, relevante e aplicável.

Amor
Algo que irá fazer uma grande diferença em nossa ministração é o amor com que ministramos. Quando as pessoas sabem e sentem que nós as amamos, elas nos ouvem e se deixam ser conduzidas por nós. Para amar as pessoas nós precisamos nos aproximar delas, e quando nós nos aproximamos delas, o nosso poder de impactá-las é muito maior. O amor também é essencial quando ministramos ao Senhor, pois Ele está mais interessado na intenção do nosso coração e no amor com que correspondemos ao Seu amor por nós, do que no serviço que prestamos (oferecemos) a Ele (Mc 7.6,7). O amor deve nortear tudo o que fizermos. Sem amor a nossa ministração não passa de barulho (1 Co 13.1).

NOTA: O Amor não é um sentimento. O amor até produz sentimentos, e alguns muito fortes, mas amor é muito mais que um sentimento, ele é uma questão de escolha e de conduta (ação, atitude). Se amor fosse sentimento, ele não seria um mandamento. Jesus mesmo disse que o nosso amor por ele seria medido de acordo com a nossa obediência (atitude) aos seus mandamentos (Jo 14.21,23).

Publicado em: 19/7/2004
Por: M.Giovani Bianchini
Líder e Dirigente do Grupo de Louvor
giovanibianchini@yahoo.com.br
IPB Central São Carlos-SP
São Carlos / SP

Uma palavrinha sobre música


Apesar do louvor e da adoração não dependerem da música para serem praticados; a música desempenha um papel essencial dentro do nosso ministério. Na verdade, nosso ministério depende exclusivamente da música para existir. Ela é a nossa principal ferramenta de trabalho. Por isso, devido a grande importância que ela tem para o nosso ministério, há algumas coisas que devemos saber acerca dela:

O Poder da Música
A música, mais do que qualquer outra arte, exerce uma forte influência sobre a vida das pessoas. Vejamos:

a) A música é capaz de produzir sentimentos dentro de nós (ex.: alegria, tristeza, medo, etc.).
b) A música pode nos levar a diferentes tipos de reações (ex.: rir, chorar, ficar apreensivo, relaxar, etc.).
c) A música é capaz de influenciar o nosso comportamento (ex.: andamos mais rápido, produzimos mais, somos motivados a comprar determinado produto, etc.).
d) A música tem o poder de gravar mensagens em nossa mente para toda a vida (ex.: um casal de idosos que se lembram perfeitamente da letra da música que costumavam ouvir a 60 anos quando estavam ainda namorando, uma pessoa de 90 anos de idade que se lembra de uma música que aprendeu na sua infância, etc.).

Realmente, a música possui uma força que não pode ser ignorada. Em nosso caso, não podemos ignorar o poder da música na transmissão e consolidação de mensagens durante nossos cultos, encontros, acampamentos, etc. Sally Morgenthaler disse: “[...] com exceção do Espírito Santo, a música é o elemento mais poderoso do culto. Ela tem uma capacidade incrível de abrir o coração humano para Deus, tendo acesso mais rápido e mais profundo à alma, sendo mais permanente que qualquer outra forma de arte ou oratória humana”. Sem dúvida, a música é capaz de tocar pessoas de uma maneira que uma simples oratória não consegue. Além disso, a música também reforça e facilita a memorização das mensagens. Martinho Lutero já sabia disso. Não foi à toa que ele afirmou: “Sei que amanhã, segunda-feira, vocês vão esquecer o que eu estou falando agora no meu sermão. Mas os hinos que os faço cantar jamais vão ser esquecidos”.

e) Apesar de tudo isso, uma das mais poderosas influências que a música exerce sobre o ser humano é na formação do seu caráter. O filósofo Aristóteles disse: “a música tem o poder de formar o caráter”. E, ele tinha razão. Não é de se admirar a enorme depravação moral que a humanidade está vivendo em nossos dias, sem contar a grande onda de violência e o exagerado consumo de drogas e bebidas. Isso tudo se deve em grande parte a qualidade das músicas (letras) que a nossa geração está escutando. Mais do que em qualquer outra época, a música tem sido a principal comunicadora de valores para a geração de hoje. Ela tem moldado de forma significativa o nosso caráter, dizendo como devemos agir, pensar, nos comportar e ser. Por isso, se não usarmos a música para espalharmos os valores de Deus, os valores do mundo vão ter acesso ilimitado a nossa geração inteira.

NOTA: É importante sabermos que não existe música sagrada ou música profana. O que faz uma música ser sagrada ou profana é a letra contida nela, ou seja, sua mensagem, e não o seu estilo ou ritmo. É fácil entendermos este conceito. Por exemplo, quando você toca um Dó Maior, essa nota é sagrada ou profana? Nem uma nem outra. Você só saberá se esta nota é sagrada ou profana de acordo com a mensagem (letra) que ela está carregando.

Veículo de Expressão
Além de comunicar valores, produzir sentimentos e reações, influenciar o nosso comportamento e facilitar a memorização de mensagens em nosso cérebro, a música também é grandemente utilizada para expressar aquilo que ele sentimos (amor, alegria, desilusão, paz, etc.). Isto porque a música torna muito agradável a maneira de expressarmos nossos sentimentos. Em nosso contexto, a música, entre outras coisas, também é utilizada para expressar o que sentimos por Deus. Na verdade, a música na igreja é mais utilizada como veículo de expressão do que como ou para outra finalidade (outra função).

CUIDADO: A eficiência da adoração musical pode ser ameaçada mais perigosamente quando a emoção é reduzida a mero sentimentalismo (emoção superficial, ou emoção não baseada na realidade). Para o Cristão maduro a adoração exclusivamente emocional não é suficiente, ela precisa ser contrabalançada por outras partes, em que a mente esteja focalizada e ativa (1 Co 14:15).

Música como arte funcional
A música é, e deve ser considerada, como uma arte funcional, isto é, uma arte que tem uma finalidade prática e importante. A música não deve apenas servir como veículo de expressões humanas, ela também deve ser utilizada para ensinar, para comunicar, para encorajar, para reaproximar, para lembrar, entre outras coisas. Efetivamente, a música na igreja dever ser encarada como arte funcional e julgada pela maneira como ela cumpre ou não a sua melhor função. Ela é arte que é dedicada ao serviço de Deus, à edificação da igreja e ao louvor e adoração do Senhor. Sendo assim, a música não deve ser usada para preencher espaço no culto, mas para cumprir uma função.

          Preferência Musical
A música é um assunto que divide, separa gerações, regiões do país, tipos de personalidades e até mesmo membros da mesma família. Isso se deve a dois fatores:

Primeiro, a intimidade que cada pessoa tem com um tipo de música está em grande parte relacionada ao contexto cultural em que essa pessoa cresceu. A linguagem musical de uma cultura pode ter significado maior, menor ou diferente para diversos indivíduos naquela sociedade, e poderá ter pequeno ou nenhum significado para as pessoas que estejam fora daquela cultura. Por exemplo, uma música africana dificilmente terá algum significado para uma pessoa que nasceu e cresceu no Japão, e vice-versa. 

Segundo, cada pessoa tem uma forma diferente de perceber a música e, nenhum estilo de música provoca em todas as pessoas o mesmo sentimento. Por exemplo, uma pessoa que tem afinidade com música clássica dificilmente será tocada por uma música do tipo Heavy Metal. O mesmo acontece com uma pessoa que gosta de música Sertaneja, dificilmente ela será tocada por uma música do tipo Jazz. Por este motivo, é muito importante termos em mente, que é impossível agradar o gosto musical de todas as pessoas, e que também, independente do estilo de música que usarmos em nossos cultos, atrairemos e manteremos determinados tipos de pessoas e perderemos outras.

Sendo assim, podemos afirmar que não existe um estilo “certo” de música para louvarmos e adorarmos a Deus em nossos cultos. Deus se agrada de todos os estilos. Entretanto, temos que ter muita sabedoria, discernimento e sensibilidade ao introduzirmos ou ao utilizarmos um novo estilo de musica dentro de nossas igrejas; pois, determinados estilos musicais, inevitavelmente, nos fazem associá-los a determinadas cenas ou práticas. Por exemplo, se tocarmos uma música no estilo Funk no culto, o que isso traria a mente das pessoas? Com certeza a imagem de um baile Funk com todas as suas depravações, e isso, consequentemente, faria com que a igreja perdesse a concentração ou desviasse o seu foco de Deus. Por este motivo, ao utilizarmos um determinado estilo de música na igreja, precisamos colocar em prática o princípio ensinado por Paulo: “Todas as coisas são lícitas, mas nem todas convêm; todas são lícitas, mas nem todas edificam” (1 Co 10.23).

Publicado em: 19/7/2004
Por: M.Giovani Bianchini
Líder e Dirigente do Grupo de Louvor
giovanibianchini@yahoo.com.br
IPB Central São Carlos-SP
São Carlos / SP

Dicas ao dirigente de louvor

           
Conhecer as músicas
O dirigente de louvor é o referencial para a igreja e para a equipe de louvor. Por este motivo ele deve ser o primeiro a conhecer a música de cor, sem precisar ficar olhando toda hora para a projeção do cântico na tela para cantar a letra. É o dirigente que dá segurança e estabilidade para o grupo e para a igreja. Se ele não conhecer a música estará dando brecha para que a execução saia errada, e a ministração seja comprometida. Porém, caso o dirigente tenha dificuldade em memorizar os cânticos, ele pode usar uma estante (suporte) para colocar as cópias das letras, e assim acompanhar os cânticos.

Boa comunicação com a Banda
Uma das coisas mais importantes para uma boa execução das músicas é uma boa comunicação entre o dirigente de louvor e o conjunto musical (banda). O dirigente de louvor também é responsável pela condução (direção) dos cantores e instrumentistas dentro da música. Sendo assim, é indispensável que o dirigente e a banda combinem sinais que os auxiliem indicando quais partes da música serão repetidas, quando deverá subir o tom, quando voltará para o início do cântico, quando a banda deve tocar mais suave, e assim por diante.

Atitudes e Expressões
O dirigente de louvor tem que estar à vontade no altar. Ele tem que caminhar por todos os lados. Existem dirigentes que são como estátuas, ficam parados no mesmo lugar durante todo o Louvor. A Igreja acaba ficando parada, fria e imóvel também. Outros se mexem tanto, correm tanto e fazem tantos gestos, que mais parecem atletas excepcionais ou professores de aeróbica. A congregação fica cansada só de olhar e acompanhar. O dirigente de louvor tem que ter a prática de caminhar (isto impõe segurança), ele deve procurar se expressar com gestos em alguns cânticos (isso gera participação da Igreja), ele deve ter o hábito de olhar nos olhos da congregação em geral (isso mostra confiança, segurança e autoridade. Alguns dirigentes fecham os olhos e esquecem do resto, principalmente de observar o fluxo na Igreja; esta atitude é prejudicial para o bom desempenho do louvor congregacional), o dirigente também pode se ajoelhar em momentos de adoração (isso mostra submissão e humildade). Tudo isto deve ser feito com prudência, sabedoria e sensibilidade espiritual.

NOTA: Uma das maiores dificuldades que o dirigente enfrenta durante a direção do louvor é, ao mesmo tempo, ministrar da igreja, dirigir da banda e oferece a sua própria adoração. Esta prática só vem com muito treino e com muito tempo.

Sensibilidade Musical e Espiritual
O dirigente de Louvor que segue exatamente aquilo que estava programado nos ensaios, pode estar falhando na sensibilidade musical e espiritual. É obvio que não é normal ficar mudando a direção dos cânticos, mas sempre é preciso estar atento para saber quando se deve fazer sinal aos músicos para tocarem mais suave, mais baixo ou mais alto, ou para que deixem só a congregação cantando junta, ou que se repitam várias vezes o mesmo coro, ou ainda, que faça silêncio absoluto para uma maior busca, entrega e sensibilidade ao mover do Espírito Santo, que se inicie mais uma vez a canção para maior aproveitamento ou que os músicos continuem tocando a melodia da canção para que a Igreja possa cantar um cântico novo pessoal e espiritual. O dirigente tem que ter sensibilidade e flexibilidade durante a ministração de louvor, pois à vontade de Deus nem sempre é a do homem, por mais que sejamos organizados e programados.

Falar somente o necessário
Durante a ministração do louvor, o dirigente deve procurar não falar nada, apenas deixar que o próprio cântico fale ao coração das pessoas. Falar demais acaba atrapalhando o mover do Espirito Santo nas pessoas. Porém, não falar nada, causa vazio no louvor congregacional. Instruções durante os cânticos não produzem louvor nem adoração, entretanto, podem dar direcionamento significativo à expressão coletiva. O dirigente de louvor deve procurar falar somente o necessário.

Incentivar e Facilitar as expressões
No louvor congregacional as expressões são fundamentais. Elas dão vida ao louvor e a adoração coletiva, além de reforçar o significado daquilo que estamos cantando. É responsabilidade do dirigente de louvor incentivar e facilitar as expressões durante os momentos de louvor. Por exemplo, se o povo não está batendo palmas com firmeza e união, deve-se falar e pedir para que batam palmas; se no momento de adoração a maioria estiver desligada e distraída, pode-se, por exemplo, pedir para que todos fechem os olhos, que levante as mãos e que comecem a falar palavras de amor, de agradecimento e sinceridade ao Senhor; se no momento de Louvor perceber que o povo não está cantando e correspondendo pode-se tranquilamente pedir aos músicos que parem de tocar para ouvir apenas as vozes da congregação cantando juntos, formando um lindo coral de vozes ao Senhor. É importante sabermos que nós não somos “animadores” de culto. No culto há dirigentes de louvor. Seu papel é incentivar e facilitar as expressões simultâneas e espontâneas das pessoas. O dirigente de louvor que se preocupa somente em cantar e falar o tempo todo limita o louvor e a adoração aos cânticos. O bom dirigente de louvor gera a participação das pessoas durante os momentos de louvor, incentivando e facilitando as expressões.

Certeza da presença de Deus
Por último, um elemento que irá fazer a grande diferença, não somente para quem dirige o louvor, mas também para quem participa do louvor é a certeza da presença de Deus. É muito importante para todo aquele que participa do louvor ter a certeza de que Deus está presente. Ora, como iremos adorá-lo sem ter a certeza da sua presença? Como iremos cantar para Ele, se ainda duvidamos que Ele está entre nós? Sem dúvida, um dos principais motivos pelos quais a igreja é tão fria na hora de expressar o seu louvor a Deus, é falta da certeza da presença de Deus em seu meio. É preciso saber que em todos os nossos cultos somos assistidos por Deus. Desde a primeira oração, passando pelos testemunhos, pela pregação, pelas arrecadações e principalmente durante o louvor cantado, Deus está presente. Seu Espírito está passeando entre nós trazendo cura, libertação, avivamento, salvação, etc. Sem fé é impossível agradar a Deus (Hb 11.6).

NOTA: Todas as dicas acima levam um certo tempo para serem assimiladas e para se tornarem algo natural na prática da direção do louvor cantado. Por isso, não desanime se no começo você encontrar dificuldades com algumas destas dicas. Errar faz parte do processo de aprendizado. Guarde sempre isso: “não há sucesso sem fracassos (sem erros)”.

Publicado em: 19/7/2004
Por: M.Giovani Bianchini
Líder e Dirigente do Grupo de Louvor
giovanibianchini@yahoo.com.br
IPB Central São Carlos-SP
São Carlos / SP


Sou um ministro de louvor e agora? Parte II

Para começar vamos falar do que julgo uma das coisas mais importantes para participantes de qualquer ministério na igreja!
“A palavra de Cristo habite em vós abundantemente, em toda a sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando ao Senhor com graça em vosso coração.” [Colossenses 3:16]

O ponto mais importante é que “A palavra de Cristo habite em nós abundantemente” grande parte dos ministros não tem nem interesse em ler ainda mais em abundância! E isso é muito perigoso é como se “comprássemos um novo aparelho eletrônico e não lêssemos o manual, claro hoje em dia é tudo meio subentendido, mas se não lermos o manual nunca saberemos o poder que temos na mão, e assim também é o louvor, ministros sem instrução necessária para louvar não sabem usá-lo de maneira adequada.” Não estou nem falando de livros ou estudo musical, mais sim de:
Fica outro texto sobre palavra [I Timóteo 3:15 e João 8:31-32 leiam]
Outro ponto importante nesse texto é “cantando ao Senhor com graça em vosso coração”, só pode sair de você o que está em seu coração, o seu louvor tem de ser o som da sua vida (acho que disse isso em outro comentário) mais repito novamente dando a importância necessária ao que vivemos e onde está o nosso coração. Será que ele está nas escrituras e no Salvador, ou no $$? O seu louvor tem de ser com alegria que vem do coração. Eu nunca saberei se você está louvando em verdade, mais você sabe.
Ser usado por Deus faz toda diferença
Abre, Senhor, os meus lábios, e a minha boca entoará o teu louvor. [Salmos 51:15]
Para saber se alguma coisa está dando certo é só olhar pra os frutos, se tem frutos o trabalho está sendo bem feito.
Um grupo de louvor firmezinha, orando, trabalhando junto, ativo na igreja com certeza vai gerar bons frutos, agora se a galera está dispersa, não há bom líder que dê jeito. Quando nos esvaziarmos para se usado por Deus, com certeza o louvor será entoado pela sua vida, o melhor que o ministro pode fazer é servir, e quando ele entende isso, seus lábios vão entoar um louvor verdadeiro. Mais enquanto músicos e cantores estiverem em cima de seus palanques dispensando a opinião dos outros, não querendo ser usado por Deus, achando que é só chegar tocar, cantar e sair fora pra comer lanche, não haverá frutos.
No comentário deu pra entender a importância do domínio da palavra de Deus pelos ministros e o ser usado e gerando bons frutos.
Fiquem na Paz!!
Gersão

Sou um ministro de louvor e agora? Parte I

No meio evangélico uma das atividades mais comuns são as que envolvem música! Os grupos de louvor das igrejas são formados tão espontaneamente que algumas questões não são discutidas e nem levadas em consideração.
Vamos começar pelo básico e importante!
Quem é quem?? : Ministro de Louvor não é só aquele que está dirigindo o louvor, esse é o dirigente, mas ministro é todo aquele que está envolvido diretamente com louvor, os músicos, cantores, operador de som, quem passa as letras das músicas no data show ou em transparências, em fim são todos envolvidos no louvor diretamente e indiretamente.
E é desse modo geral que vou escrever!
O que é ser ministro de louvor na igreja? É mostrar as pessoas o caminho para a sala do trono! Isso é que o ministro tem de ter em mente! A missão não é competir com o pregador, fazer reflexões elaboradas, exortar, fazer as pessoas se humilharem ou coisa parecida é simplesmente conduzi-las pelo caminho.
Música está inserida em contexto emocional, com condições ideais e a música certa pode se criar inúmeras situações de comoção emocional, o louvor verdadeiro não precisa apelar para esse recurso, quando o grupo está concentrado, e preparado para abençoar, não importa a música, a letra, o arranjo, o ministro, o louvor vai cumprir seu propósito!
(Por favor, não use o argumento a cima para isentar-se da dedicação ao louvor.)
Aproveitando a deixa vamos ver o que a bíblia diz sobre dedicação ao louvor!
“Cantai-lhe um cântico novo; tocai bem e com júbilo.” [Salmo 33:3]
Esse é um dos versículos que mais gosto, e nele oro todos os dias! Para que o Senhor me dê um cântico novo, que o louvor oferecido por mim seja o som da minha vida, que eu venha tocar bem e com jubilo, alegria e energicamente.
Ai tá o que a bíblia diz sobre dedicação tocai bem, e o único jeito melhorar é ensaio e estudo do seu instrumento e dedicação a sua voz! Hoje não há desculpas para falta de melhora, existe uma quantidade infinita de recursos que você pode usar e aprender, o ideal é um professor, mais já que às vezes não dá, o esquema é se virar na internet.
Outro ponto dito no versículo é o jubilo que pode ser traduzido com alegria! Pessoas que fazem parte do grupo de louvor têm que sentir-se alegre de estarem ali, alguns vão aos ensaios tristes e desanimados, vão aos cultos sem vontade, sem alegria, isso reflete no grupo de maneira negativa, sendo assim é melhor não aparecer, se você não tá afim não se deve sentir obrigado a nada, Deus com certeza enviará outros para o seu lugar.
Então em texto bem breve acho que foi possível entender algumas coisas sobre louvor, então fixando a função de todos os ministros é conduzir a igreja pelo caminho, e devemos ter dedicação para com ministério de maneira a cumprir uma ordem bíblica.
Para o estudo ter um efeito efetivo em sua vida resolvi dividir entre 3 a 4 comentários para que o assunto não fique maçante e seja absorvido de pouco em pouco!
Fiquem na Paz!!
Gersão

Organizando os ensaios


Por Daniel Souza

"E Davi, juntamente com os capitães do exército, separou para o ministério os filhos de Asafe, e de Hemã, e de Jedutum, para profetizarem com harpas, com címbalos, e com saltérios; e este foi o número dos homens aptos para a obra do seu ministério;
Todos estes estavam sob a direção de seu pai, para a música da casa do Senhor, com saltérios, címbalos e harpas, para o ministério da casa de Deus; e Asafe, Jedutum, e Hemã, estavam sob as ordens do rei. E era o número deles, juntamente com seus irmãos instruídos no canto ao Senhor, todos eles mestres, duzentos e oitenta e oito." (1 Crônicas 25: 1, 6 e 7)
Ensaiar é algo muito importante para uma equipe de música. É nos ensaios que tudo é definido e direcionado. Queremos propor alguns passos para auxiliar sua equipe.
Uma formação básica é composta de:
Líder instrumental e vocal Instrumentos de base (teclado, violão e / ou guitarra, baixo, bateria, etc.); Cantores (voz principal e vozes de apoio); A equipe que dispõe de metais, percussão, cordas, etc., dê glória a Deus por isso. É uma bênção!

PRIMEIRO PASSO
Defina um dia bom para todos os membros da equipe se encontrarem. Neste encontro é importante investir um tempo em oração, pedindo a direção e a capacitação de Deus Em seguida apresente as canções que serão ensaiadas. Quanto menor o número das canções, melhor o resultado É importante que todos tenham uma cópia da letra para conhecerem a mensagem do cântico.

SEGUNDO PASSO
Defina outro dia para que todos novamente se encontrem. Neste encontro, após a oração, distribua as partes de cada músico e / ou cantor, para que possam levar e estudar individualmente. Se houver possibilidade é muito útil uma cópia de áudio para que o músico estude sua parte de forma mais real. Quando for a hora, marque períodos individuais de ensaio para os músicos e para os cantores. No ensaio dos cantores leve um play back ou um instrumento harmônico, como teclado ou violão Quando tudo estiver fluindo bem é hora de um ensaio geral: músicos e cantores.

OBSERVAÇÕES FINAIS
O líder de cada área deve facilitar ao máximo o trabalho de sua equipe, definindo antecipadamente os arranjos e as notações (escritas musicais). Deve ser musicalmente capaz para auxiliar nas dúvidas de cada membro da equipe. E, finalmente:
Faça de cada ensaio um culto a Deus. Leve a sério a parte que cabe a você. Faça o melhor, consciente de que é para a glória de Deus. Não se esqueça de que a música tem uma ênfase profética muito grande. Faça sempre esta pergunta: “Estou cantando / tocando somente ou estou profetizando?”.
Submeta seu ministério ao pastor. Por mais que não seja músico, ele pode te ajudar bastante, pois tem uma carga espiritual de visão e cuidado com toda a igreja.

Deus abençoe
Daniel Souza
http://www.ameprod.com.br

Fonte: http://www.vidanovamusic.com

Como Deve se Portar um Ministro de Louvor

Por André Souza em 3 de fevereiro de 2010
Deus resiste aos soberbos; dá, porém, graça aos humildes. Tiago 4:6b
Em cumprimento as escrituras, vivemos dias difíceis em nossas igrejas, onde compromisso com a obra de Deus é coisa da minoria de seus membros, que tem priorizado seus interesses pessoais e individuais em detrimento dos interesses do reino de Deus e todo o seu coletivo. Este raciocínio pode se aplicar a todas as frentes de trabalho das Igrejas, mas vamos nos ater apenas aos ministérios de louvor.
 Os ministérios de louvor das igrejas, com certeza são os mais visados. Além do diabo, que utiliza vários tipos de estratégia para anular o papel do ministério de louvor, eles também são visados por muitos membros da igreja, que gostariam de estar à frente participando, o que é perfeitamente aceitável e sadio. O problema é que a maioria dos crentes não entende a amplitude e responsabilidade de ser um ministro de louvor, e a seriedade das atribuições de quem tem este título.
Em primeiro lugar, o ministro de louvor deve ser humilde. Jamais devemos nos esquecer de que somos servos, com funções muito importantes para o reino de Deus, mas somos servos, e como servos, não devemos, e nem podemos agir como senhores, nem nos achar superiores aos demais irmãos. Em Filipenses 2:3 isso fica muito claro: “Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo”. Não consigo assimilar a ideia de um ministro de louvor soberbo ou altivo, pois tal comportamento demonstra falta de conhecimento de princípios bíblicos básicos como humildade. A soberba, talvez seja o motivo de existirem tantos músicos frustrados e/ou mau sucedidos no meio evangélico.
O ministro de louvor é um obreiro, e como tal, deve ser aprovado. “Procura apresentar-te diante de Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade (2 Timóteo 2:15)”. Muitos têm brincado com Deus, estamos no tempo da graça sim, mas o nosso Deus não mudou quando o assunto é pecado. Ficamos assustados com o número de pessoas que, se dizendo ministros de louvor, cometem os mais variados tipos de pecados, e o que é pior, permitem que suas mentes se cauterizem e já não se dão conta do risco que correm subindo ao altar do Senhor em pecado. Devemos ser exemplos dentro e fora da congregação, para que ninguém tenha nada que nos desabone, e que tenhamos livre acesso as pessoas, para ensiná-las e orientá-las acerca da palavra do Senhor. Devemos procurar participar das atividades da igreja como cultos oficiais, EBDs, dos grupos específicos (jovens, adolescentes e de casados) auxiliando em tudo que se fizer necessário.
O ministro de louvor deve estar sujeito a autoridade. “Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as que existem foram ordenadas por Deus (Romanos 13:1)”. O princípio da autoridade vem de Deus, e não pode ser ignorado. É comum em nosso meio, pessoas que resistem, desrespeitam ou simplesmente ignoram seus líderes ou pastores. Questionar ou descordar de ideias ou posicionamentos de seu líder não é pecado, desde que seja feito com respeito, e a luz da Palavra de Deus, pois Deus nos deu inteligência para analisarmos as situações para que não aceitemos nada que esteja fora da sua Palavra. Só que isso não nos dá o direito de nos rebelar contra nossos líderes, de desrespeitá-los, dirigir palavras ríspidas a eles. Em I Samuel 15:23 diz que o pecado de rebeldia é como pecado de feitiçaria. Devemos ter muito cuidado no trato com os nossos líderes e autoridades, para que não nos enquadremos no conteúdo deste versículo.
Valorize o seu ministério. “Mas em nada tenho a minha vida como preciosa para mim, contando que complete a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus. (Atos 20:24)”. Paulo nos mostra neste versículo qual o real valor do ministério que Deus nos deu. Não é difícil encontrar ministros de louvor, “parados” em nossas igrejas, decepcionados ou chateados com alguém ou alguma situação que tenha ferido seu coração, desagradado algum interesse pessoal ou por qualquer outro motivo. O diabo sempre tentará acabar com nosso ministério, e usa muitas armas sujas para atingir seus objetivos criando situações que causam desanimo, desentendimentos e consequentemente a ruína do nosso ministério. Temos que ser fortes e corajosos e constantes na fé pois, Deus nos confiou algo muito precioso e certamente nos cobrará os frutos.
E por último e não menos importante, seguir as regras de seus respectivos grupos ou ministérios. Me pergunto sobre qual justificativa, os membros de ministérios de louvor quebram regras com tanta facilidade. Podemos citar exemplos comuns como atrasar-se para os ensaios, cultos, reuniões e compromissos em geral ou levar para casa instrumentos ou utensílios da igreja sem a devida autorização. Por que não chegamos atrasados em nosso trabalho ou levamos para casa objetos da empresa sem a autorização da nossa chefia imediata? Devemos agir na obra do Senhor com o mesmo zelo que agimos em compromissos seculares como nosso emprego. As regras existem para organização do grupo, para que o caos não se instale com cada um fazendo o quem bem entende. Ao contrário do que dizem no mundo, regras são feitas para serem seguidas, e caso não consigamos devemos comunicar ao nosso líder as nossas dificuldades e tentar chegar a um consenso respeitando sempre sua palavra final.

Louvor

Marco Aurelio Brasil

"Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma, de todo o seu entendimento e de todas as suas forças" (Marcos 12:30). Este mandamento é prefaciado por Jesus com estas palavras: "O mais importante é este" (v. 29). Note que (...) a prioridade divina é o louvor, serviço vem depois. Você primeiro ama a Deus (e quem ama expressa o amor, não existe amor calado), depois você ama o seu próximo.
Outra importante afirmação de Jesus é: "Está chegando a hora, e de fato já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade. São estes os adoradores que o Pai procura" (João 4:23). Confesso que até esta manhã eu nunca havia reparado na frase com que este verso termina. Jesus afirma claramente que Deus está à procura de adoradores.
Primeiro porque a adoração a Deus é uma questão de justiça. Ele merece ser adorado, por tudo o que é e por tudo o que fez, faz e fará. Segundo, porque a adoração é a resposta que podemos dar a tudo o que Ele fez, faz e fará. Como diz Foster, "No Gênesis, Deus andou no jardim, procurando por Adão e Eva. Na crucifixão, Jesus atraiu todos os homens para Ele (João 12:32). As Escrituras estão repletas de exemplos dos esforços divinos para iniciar, restaurar e manter o companheirismo com seus filhos". O louvor é a resposta que damos a esses esforços. Ou, como afirma Valdecir Lima, em uma de suas inspiradas poesias, "o louvor é o sorriso da alma".
Importante destacar que louvor não é sinônimo de cantar e cantar, mesmo hinos, está longe de ser sinônimo de louvor. Em "Viagem ao Sobrenatural", Roger Mournau narra o culto a Satanás de que participou em uma igreja satanista. Ele se surpreendeu com o fato de eles cantarem os mesmos hinos que se cantam em uma igreja cristã, sem sequer mudar a letra. Aquilo era ofensivo a Deus, lhe explicaram. Para Ellen G. White, nada é mais ofensivo a Deus do que um louvor descuidado, em que o adorador não está "fazendo melodia em seu coração". Porque adoração é uma coisa que só faz sentido se for em espírito e em verdade. Se sua mente e seu espírito estiverem naquilo. Se for de outra forma, não será adoração, não será louvor. Será uma afronta ao Criador.
Você pode adorar a Deus apenas meditando nos nomes que lhe são dados na Bíblia, ou os recitando em voz alta. Você pode adorar a Deus com música. Você pode adorar a Deus com uma atitude de gratidão sobre tudo, até mesmo pela criança que não para de chorar na igreja (porque é bom que haja crianças na igreja e é bom que elas estejam vivas e sejam normais!).
O louvor é central, e o melhor: é uma disciplina que você pode desenvolver em conjunto. Você pode convidar alguém para adorar com você. É estranho que façamos reuniões para estudar a Bíblia, reuniões para orar, mas dificilmente façamos reuniões só para louvar e adorar.
Há uma última coisa sobre louvor. A Bíblia mostra pessoas adorando em todas as posições e formas possíveis e imagináveis. Há gente adorando de joelhos, há gente adorando deitada, há gente adorando de pé, dançando e até mesmo vestido de saco e com cinzas na cabeça. Não há evidência de que Deus haja aceitado melhor aquela adoração do que esta. Você não sorri apenas com a boca e o louvor não requer de você apenas a voz e talvez um gesto de sobrancelha. Você só responde ao amor de Deus completamente se adorar com seu espírito e com seu corpo. Comendo ou bebendo, fazendo tudo para glória de Deus. O louvor não precisa ser, como se diz em muitas igrejas, "para nosso deleite espiritual". É para seu deleite completo, porque o deleite do corpo não é pecado. Ofereça tudo o que você é em louvor a Deus.
Ficou difícil? Davi afirma: "preparado está o meu coração, ó Deus; cantarei e salmodiarei de toda a minha alma" (Salmo 108:1). Peça que Deus prepare seu coração e faça aquilo que você foi criado para fazer: adorar o Senhor.

Menos é Mais


Por Paulo Lira

Desde que comecei a tocar em uma equipe de louvor, percebi que nem tudo o que eu tocava era bom. E olha que eu tentava aplicar tudo o que sabia, como encaixar “aquele acorde” que havia aprendido naquela semana em praticamente todas as músicas. Era como se houvesse muito glacê para pouco bolo. Mas o que estava dando errado? Tenho certeza de que eu tentava dar o melhor de minha música para Deus. Mas o que define o que é “o melhor”? Quanto mais dissonante e repleta de extensões for a harmonia, e quanto mais “quebradeira” e contra-tempos tiver um arranjo, mais rica esta música será, certo? Nem sempre.
     
Simplicidade sem mediocridade
Com o tempo e conselhos de músicos mais experientes, notei que uma boa música era aquela em que todos na banda encontravam seu lugar, como se pudessem falar e ser respondidos, fazendo assim com que a música respirasse. O grande desafio aqui é o de dar para cada instrumento que compõe sua equipe algo distinto e simples para tocar (ou não tocar). No final, avalie se o arranjo permite que todos estejam sendo ouvidos, respeitando sempre a dinâmica da música, sendo esta intensa ou não.
É importante ter como referência, por exemplo, um arranjo feito para orquestra. A maioria das pessoas acha uma grade algo muito intrigante e complexo, mas se você escutar cada instrumento individualmente, vai perceber que alguns deles tocam somente algumas notas durante uma peça de dez minutos. Cada um tem seu momento de aparecer ou de compor um naipe. No final, você escuta algo rico e muito claro.
   
Por que simplificar?
Cada vez que escuto um arranjo de alguma música que faz sucesso percebo que ela é mais simples do que o que eu teria feito. Melodias nas pontes que soam como assinaturas, acordes abertos e puros com ritmos previsíveis. Simplificar uma música, além de dar a ela uma identidade, é torná-la acessível ao público. Uma melodia que possa ser assobiada por qualquer um, é uma música acessível. Isso também facilita ao ser reproduzida por uma banda. Acordes fáceis colocados no lugar certo, baixo tocado com um bumbo acentuando a levada, tonalidade acessível para a maioria dos cantores... Ah, os cantores! Enfim, uma música simples é uma música que não chama atenção para si mesma e permite que as pessoas atentem para o que realmente é importante. No caso da Igreja, a adoração a Jesus.
     
Músicos experientes x músicos iniciantes
O conhecimento musical, como já disse antes, não é o único responsável por uma boa música, mas saber aplicá-lo sim. E este amadurecimento leva tempo. Em uma equipe de louvor procure providenciar uma boa estrutura para todos os músicos, experientes ou iniciantes, tais como cifras, partituras, ensaios, gravações das músicas que serão tocadas no culto etc. Alguns músicos têm mais facilidade lendo, outros tirando uma música de ouvido. Procure nivelar sua equipe pelo básico. Nem muito profissional, nem muito amador, respeitando a fase de amadurecimento musical em que cada integrante se encontra, mas deixando claro onde você quer que ele chegue, estimulando e encorajando-o.
   
A importância do ensaio
Há pessoas que acreditam que o ensaio prejudica a espontaneidade do período da adoração, tornando-o algo frio e mecânica. Mas, ao contrário disso, a prática do ensaio não só promove a união entre os músicos envolvidos, como também cria um ambiente de aprendizado mútuo e proporciona mais segurança na execução das músicas. O que gera mais liberdade e espontaneidade no período da adoração, dando para o músico condições de se expressar melhor, sabendo qual o seu papel. Particularmente, vejo o ensaio como um passo prático de adoração a Deus, entregando a Ele um período de adoração com preparo, dedicação e excelência.
 
Dinâmicas para improvisação
O que fazer durante um período instrumental no louvor? Ou o que tocar quando o dirigente simplesmente aponta para você executar um solo durante uma ponte ou o refrão da música? Improvisação é a arte de expressar algo espontâneo, inspirado no momento, algo singular. Improvisação também é algo para ser praticado durante os ensaios, pois requer conhecimentos mínimos de escalas, harmonias e estilos, além de amadurecimento musical. Músicos que já improvisam com facilidade costumam tocar séries intermináveis de arpejos seguidos de escalas cromáticas e diatônicas, ascendentes ou descendentes, e o mais rápido possível.
  
O alvo aqui seria o de, com uma ou poucas notas, expressar um sentimento tão profundo quanto o de uma escala formada por um grupo de semi-fusas. Lembre-se: MENOS É MAIS. A atenção não deve estar focada no solo, mas no inspirador dele. Afinal, quem tem sido sua inspiração musical? Procure observar o que o Pai está fazendo naquele momento, e traduzir isto em notas. Não tenha medo de errar, arrisque! Se você sente que Deus está ministrando para seu povo sobre misericórdia, com fé, toque arrependimento. Enfim, improvisar também é entoar um cântico novo. Miles Davis, um dos maiores gênios do jazz, uma vez disse: “Eu já sei tocar todas as notas, agora num solo procuro a ausência delas”.
    
Como harmonizar as vozes
Ah, finalmente os cantores. O grupo mais importante dentro da equipe de louvor, e ainda assim o grupo de menor preparo musical na maioria das igrejas (afinal, todo mundo sabe cantar, certo?) Não posso deixar de enfatizar o quanto é importante que as pessoas que se propõem a cantar na equipe de louvor busquem treinamento técnico nesta área. A voz é o instrumento mais complexo e mais perfeito que existe. Necessita de muito cuidado e preparo.
   
O estudo técnico da voz ajuda na pronúncia ou articulação das palavras como também na respiração, dinâmica e afinação da voz, além de dar embasamento prático e teórico para harmonização vocal. Harmonização vocal é a adição de uma ou mais vozes diferentes da melodia, baseadas na harmonia ou acordes de uma música. Sempre que um arranjo vocal for feito, procure respeitar a dinâmica natural da música. Portanto, onde houver mais tensão, geralmente no refrão, acrescente vozes à melodia, enchendo o arranjo com mais harmonia. Porém, onde a música não pedir tensão, geralmente nas estrofes, deixe a melodia sozinha, com menos harmonia.
  
Se você está montando um backing vocal (e não um coral), as vozes que o compõem o podem ser simples. No coral você pode ter várias vozes por naipe. Por exemplo: 4 tenores, 4 baixos, 4 contraltos e 5 sopranos. No backing vocal é suficiente ter 1 contralto, 1 tenor e uma voz masculina ou feminina cantando a melodia, como que um reforço nos momentos de maior tensão apoiando o solista ou dirigente.
  
Ensaie sempre, tire todas as dúvidas que aparecerem durante o ensaio. Não menospreze a sua parte no vocal, por menor que ela seja. Procure pensar no arranjo como um todo, e não apenas a sua parte microscopicamente. O mais importante é que quando você estiver cantando, sua função é a de adoração para que as pessoas possam te seguir sem distrações. Este não deve ser um momento de performance vocal, mas de apontar para Jesus.
    
Paulo Lira, é tecladista, produtor musical, casado com Greta Lira e atulamente mora e trabalha em Atlanta, USA.